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Coluna do Jesias: Questões – AV é para Macho! (?)


Coluna questoes

O desafio é destrinchar algumas questões levantadas no grupo da NEOBR segundo a visão do administrador.

Para você que está preocupado em tentar entender parte da filosofia da liga sobre alguns assuntos essa coluna pode ser um ponto de partida interessante.

Saliento que o objetivo não é criticar ou podar opiniões que foram dadas voluntariamente dentro da liga, mas debatê-las de forma aberta, com a opinião pessoal de quem administra os trabalhos dentro da NEOBR.

Questão 1: AV é para Macho! (será?)

“….Nosso av, em sua maioria é composta por jogadores de vídeo games. Os caras gritam aos quatro ventos que Gran Turismo é vídeo game, mas jogam os sims como se fossem vídeo game… Aí entro em servidores nacionais, todos eles, com ajuda de embreagem ativada, ….neguinho reduzindo de 6ª pra 2ª em 1 segundo….irreal como qualquer video game….Affffff. Espero que essa atualização dificulte mais ainda essas reduções irreais, e que os organizadores das ligas, sejam MACHOS para desligar a ajuda de embreagem e vamos simular!!!!!!” (identidade ocultada) …sobre a novidade na limitação imposta pelo simulador Automobilista na troca de marchas impedindo reduções bruscas e irreais e o debate surgido sobre o que é simular.

Essa é uma questão que demanda um bom debate, tentarei ser breve e dar a visão de um administrador de liga. Em primeiro lugar é bom destacar que o próprio GSC traduzido já trás o nome jogo no título, isso já seria informação suficiente para compreender que os simuladores caseiros tem limitações em comparações aos grandes e poderosos simuladores das equipes reais, sem contar que no nosso meio tem quem corra de Joystick e ainda, de vez em quando, aparece alguém de mouse ou teclado. Fato, achamos que somos mais do que somos e esse é nosso marketing, com isso não quero dizer que não praticamos simulação, mas vários aspectos do contexto real se perde ao tentá-lo simular em casa. Em segundo lugar a liberdade de procurar uma maior simulação deve partir do piloto e do projeto de simulador, a liga apenas regula o que será permitido considerando aspectos como segurança do evento por exemplo, de acordo com os membros que se dispõe a competir. Se um simulador se propõe a ser “radical” e retira os auxílios de pilotagem na raiz ou o piloto que deseja ter essa sensação o faz independentemente daquilo que está permitido, acredito que o objetivo tenha sido alcançado. Em sua maioria os auxílios trazem prejuízos no rendimento e maior estabilidade para o “piloto” novato ir se familiarizando com o simulador e adquirindo confiança para abandonar as “muletas”.

Questão 2 – O caso de amor

Semana passada tivemos o pré-lançamento do Automobilista, uma polêmica surgiu ao redor do preço em comparação ao mercado internacional, o debate foi intenso, teve o grupo que defendeu a tese de união para baixar o preço, o que considero inconcebível pelo contexto do mercado, onde a empresa coloca o preço e o consumidor escolhe se quer consumir, e teve quem estava radicalmente do outro lado defendendo o direito da empresa. Sempre achei que as pessoas tem o direito de barganhar e pedir descontos, aqui na NEO isso funciona bem, temos política de descontos bastante ativa e até alguns pilotos que durante a temporada são contemplados com inscrições gratuitas (não tá fácil para ninguém), mas não é sobre a polêmica que quero falar e sim do caso de amor…

Com bastante humor, um pouco exagerado para o meu gosto (mas humor satírico é assim né?) foi produzido um vídeo, prefiro também ocultar o autor, parodiando a situação, nele o jogo/simulador virou a paçoca e os personagens da polêmica no Facebook ganharam outros nomes, o vídeo fez uma crítica a produtora e ao comportamento do brasileiro de uma maneira geral, mas a conclusão do vídeo é o mais importante, existe um verdadeiro caso de amor entre a comunidade do automobilismo virtual brasileiro e a produtora do Automobilista. Como escrevi na postagem a” verdade é que é uma história de amor, e todos querem comer a paçoca, só que alguns querem pagar menos por ela e outros aceitam o preço”, mas todos sem exceção se apaixonaram pelo novo simulador e não vêem a hora de estarem disputando nele.

Obs. Reunião para armar um PROTESTO, ou boicote a um produto, são atos políticos e não fazem sentido quando ao assunto é mercado, com oferta e demanda, deixem os protestos para os locais apropriados.

Segue o Vídeo, faça suas conclusões:

Questão 3 – O acidente caótico

Lupo Forati estava assistindo a corrida da FN2 no domingo, quando na largada da segunda bateria ele viu aquele que foi o maior acidente da história da NEOBR, mais que rapidamente ele pegou seu celular, retornou ao momento, gravou e postou o resultado no grupo da NEOBR no facebook. A audiência aumentou rapidamente durante a transmissão, a postagem teve mais de 80 curtidas, e claro gerou um debate que começou educado e quase que tragicômico e terminou como tudo atualmente, com os radicais e donos da moral, da ética esportiva e da razão “batendo” mais que os carros que estavam em pista e ricocheteavam de um lado para o outro. Lupo até resumiu bem o primeiro sentimento que apareceu, a curiosidade pela tragédia “Vc passa o dia escrevendo um texto importante e profundo, falando das coisas da vida, com insights fantásticos… e ganha 3 curtidas, Aí vc grava a tela do monitor com o celular, com péssima qualidade, e vê 70 neguinho curtindo! Esse pessoal do AV adora uma tragédia!”

Quando os radicais chegaram na postagem incrivelmente começaram a tentar menosprezar os pilotos em pista por um recorte de uma larga mal-sucedida, nem se deram ao trabalho de ver a largada da primeira bateria, de ver o histórico da categoria, o nome dos pilotos envolvidos, o histórico de acidentes deles, imagino o comportamento dessas pessoas diante dos problemas diários que acabam sendo recortados e destacados do todo, sem paciência com os erros alheios e xingando meio mundo, fico imaginando esse pessoal no trânsito das grandes metrópoles, esbravejando com pessoas que nunca viram, que passam por um momento na sua frente e muitas vezes precisam tomar decisões de última hora e claro cometem erros, por vezes um único erro sem consequências maiores.

O termo “bando de amadores” foi utilizado com força para definir o incidente. Aqui entra a visão do administrador, narrador, cientista social: E quem disse para você que está lendo esse texto que você é profissional do AV? Alguém está sofrendo de algum grau de autismo, esquizofrenia, ou algum problema psico-social que manipula a realidade ao seu redor para não conseguir compreender que SOMOS TODOS AMADORES? A estrutura é de simulador caseiro, nada profissional, qualquer um pode ter acesso, não tem curso de formação (ainda que seja oferecido o serviço por algumas pessoas de forma não registrada e validada), não existe sequer um órgão regulador central, carteira de piloto virtual então, só em sonhos, ninguém que eu conheça ganha salários, não que o leve ao profissionalismo.

O acidente por si só é parte integrante de qualquer corrida automobilística, existem acidentes em todas as corridas da Indy, da Nascar, da WTCC, da Stock Car, do Brasileiro de Marcas, em quase todas da F1, portanto que tipo de mundo ideal é esse que um grande acidente ganha a super-dimensão de “facilmente evitável” caso não fossemos amadores se mesmo em todos os campeonatos reais ele existe e algumas vezes trágico e intenso como esse ocorrido naquele fatídico domingo? Em resumo o acidente foi caótico, mas existem alguns comportamentos que são tão ou mais caóticos que um acidente virtual, acidente com culpabilidade dividida, que ninguém se machucou, pelo menos não ficamos sabendo de ninguém que se auto-agrediu ou por causa dos gritos e palavrões de raiva acabou levando alguma “sapatada” da mulher, ou seja, a vida continua fora do nosso e-Sport, aqui deve imperar o lazer, devemos ser razoáveis, auxiliar na melhoria, criticar o erro, mas tudo com a proporção exata, sem excessos, sem ataques de estrelismos (inexistentes), sem radicalismos, sem acreditar que o dano é irreversível.

E antes que alguém levante a hipótese que a liga acha normal o acidente, não, ele não foi normal, foi grande, e deve ser utilizado tantas vezes foram necessárias como exemplo do que não se deve fazer, os envolvidos e a liga, ganham mais assumindo o erro, do que o escondendo.

Veja o momento do acidente, ocorrido aos 58m09s de transmissão.

O que não faltam são questões boas para um bom debate, quem sabe em uma oportunidade próxima, eu tomo coragem e faço novamente uma análise de novos fatos e versões.

1 Comentário »

  1. Sobre toda a matéria tudo perfeito faço das suas palavras as minhas. É sobre o acidente, independente de sermos amadores ou profissionais corrida de automobilismo sempre vai ter acidente, o que eu vi foi um piloto largar na segunda fila e largou melhor que os da primeira fila, só que ao tentar passagem pelo meio foi espremido e ponto. O acidente se obtive em 3 pilotos, o restante envolvido falta de sorte é um pouco de segunda intenção em fazer uma largada de segurança.

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